Morreu na madrugada desta segunda-feira (8) no Hospital das Clínicas, em São Paulo, o DJ Primo, aos 28 anos, de parada cardíaca.
Paranaense radicado em São Paulo, Alexandre Muzzillo Lopes era figura ativa na cena de hip hop brasileira, como DJ e produtor de eventos. Ele atuou ao lado do rapper Marcelo D2 e participou do projeto “Brasilintime”, que deu origem a um documentário. Ele fazia parte do elenco do programa “Manos e Minas”, exibido pela TV Cultura, ao lado do rapper Rappin Hood.
"Ele vai fazer muita falta", disse Rappin Hood, em comunicado divulgado à imprensa. "A cena do hip hop brasileiro perdeu um de seus principais DJs. Ele aliava a técnica ao estilo pessoal, além de ser muito querido e de ter conquistado todos os DJs da velha guarda. Era um cara altamente respeitado e conceituado. Um dos poucos com nível para competir internacionalmente e representar o Brasil."
Primo tocou na capital paulista pela primeira vez em 1999. No ano seguinte, participou da final do campeonato Hip Hop DJ. Em 2002 mudou-se definitivamente para São Paulo, onde se apresentou com o produtor norte-americano Afrika Bambaataa e com o californiano Lyrics Born, parceiro de DJ Shadow. Durante esse período, tocou também com Mamelo Soundsystem, Max B.O. e Otto.
A partir de 2003, passou a se apresentar com Marcelo D2, com quem tocou durante três anos, mas não parou de trabalhar em outros projetos, ao vivo e em estúdio. Além do próprio D2, DJ Primo produziu a MC Cindy, a dupla Helião & Negra Li, e participou do projeto Brasilintime, sessão de improviso entre bateristas lendários e feras do scratch (arte de produzir ruídos com os toca-discos).
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